A arara azul é uma ave da família dos psitacídeos, bem como papagaios, periquitos e papagaios, entre outros.
Existem três espécies conhecidas de arara azul: a arara azul grande, a arara azul aprendiz, e a arara azul pequena, a última das quais é considerada extinta e as outras em perigo de extinção.
Quem é a arara azul?
Detalhe do olho da arara azul-grande
A Arara Jacinta (Anodorhynchus hyacinthinus) é uma ave com plumagem azul exuberante, com uma faixa amarela à volta dos olhos e outra perto da mandíbula, bicos curvados fortes e uma longa cauda.
Pode medir até 1,5 metros da cabeça à ponta da cauda e pesar até 1,5 kg.
Hábitat e Dieta
Têm uma dieta especializada, gostam de comer frutos das árvores bocaiúva e acuri. Removem a casca fibrosa mais exterior e provam o interior dos cocos.
Bando que se alimenta de sementes deixadas no chão
As araras azuis habitam o Pantanal (Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Bolívia e Paraguai), bem como os estados do Tocantins, Piauí, Maranhão e Bahia, e também na região perto da Serra dos Carajás, no Pará.
Comportamento
As araras gostam de se exibir e são dóceis, permitindo que os humanos se aproximem delas, o que facilita a sua captura pelos caçadores.
Voam em bandos e são geralmente isolados durante o período reprodutivo. À noite reúnem-se para dormir, e podem agrupar-se às centenas em árvores chamadas dormitórios.
É comum ver casais a acariciar um ao outro com os seus bicos (comportamento chamado preening) que serve para limpar as penas, assim como para socializar as aves.
Reprodução
As araras são aves fiéis que vivem juntas durante toda a sua vida. A taxa de reprodução é baixa, normalmente dois ovos são postos, mas apenas uma cria sobrevive em cada ninhada.
O ninho é feito em cavidades naturais em troncos como o manduvi, uma grande árvore típica do Pantanal. Os ovos eclodem após 28 dias de incubação.
Arara Azul de Lear
A Arara Azul do Lear (Anodorhynchus leari) é endémica do nordeste do Brasil, o que significa que só é encontrada nesta área. Vive na caatinga da Bahia, na região conhecida como Raso da Catarina e na Reserva Biológica de Canudos.
Esta espécie é mais pequena que a grande arara azul e mais semelhante à arara azul pequena na sua coloração. A sua plumagem é azul esverdeada na cabeça e mais clara na barriga, com um anel amarelado à volta dos olhos e perto da mandíbula (a forma desta mancha difere da arara jacinta).
Tem cerca de 70 cm de comprimento, com grandes bicos e uma longa cauda. O seu alimento preferido são as sementes das palmeiras da região e os frutos do pinheiro e umbuzeiro, no entanto, quando não encontra os frutos disponíveis na natureza, pode alimentar-se de milho.
Está na lista de espécies ameaçadas do Ministério do Ambiente, como ave ameaçada de extinção.
A arara azul pequena (Anodorhynchus glaucus) costumava ser encontrada no Brasil, Paraguai, Uruguai e Argentina. No entanto, não tem havido relatos de avistamentos desta ave desde os anos 60, pelo que muitos cientistas consideram-na extinta na natureza.
No entanto, pela UICN, é definida como criticamente ameaçada, o que significa que pode ainda haver animais no meio selvagem, mas se isto ocorrer a população seria inferior a 50 indivíduos.
A sua dieta consistia principalmente em sementes e frutos de palma
Porque é que as araras estão em extinção?
O tráfico de animais, assim como a desflorestação, vento, chuva e fogo são as principais ameaças porque destroem as árvores que utilizam para nidificar e alimentar.
Devido aos esforços de biólogos e conservacionistas, os números desta ave aumentaram no Brasil, especialmente nas reservas e no Pantanal, onde existe um projeto para gerir a espécie.
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